Behavioral and biological risks of women seeking HIV test in an anonymous testing center

Due to the high prevalence and morbidity sexually transmitted diseases are highly relevant to public health, especially for women. OBJECTIVES: To determine and compare the behavioral and biological risks associated with human immunodeficiency virus acquisition. METHODS: A group of 253 women who voluntarily sought anonymous testing were interviewed to find out their behavioral risk. Biological risk was identified by means of gynecological exam, colposcopy as well as blood and cervicovaginal sampling for serological and microbiological exams. Using known traditional risk factors, a table of scores classified the subjects into high, low and absent for behavioral and biological risks. Frequency and percentage of each risk was tabulated and the correlation between risks was obtained by calculating the Kappa statistic. RESULTS: 79.8 percent of subjects were found to have behavioral risks, and 79.1 percent biological risks. It was also found that 66.7 percent of the women (169) with high behavioral risk also had high biological vulnerability. However, 31 out of 51 women without any behavioral risk had biological vulnerability 12.2 percent. The Kappa statistic demonstrated low agreement between the latter risks [K = 0.05 95 percent CI (-0.06 to 0.17)]. CONCLUSION: Women who seek care in centers for anonymous testing have high biological risk, which is neither proportional nor concurrent to behavioral risk. The low concordance found between these risks suggests the need for routine gynecological investigation (clinical and microbiological) for all women.

A pertinência da consulta ginecológica nos centros de testagem anônima (CTA) do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) / Pertinence of the gynecologic consultation in Anonymous Testing Centers (ATC) of Human Immunodeficiency Virus (HIV)

Constata-se atualmente a alta incidência de infecçäo pelo HIV entre mulheres. A transmissäo heterosexual é a via mais importante da contaminaçäo feminina. Fatores de risco comportamentais e ginecológicos (vulnerabilidade biológica) já foram identifcados. Apesar do papel primordial, a vulnerabilidade biológica näo é ainda enfaticamente abordada nos CTA, estrutura já existente na estratégia mundial da luta preventiva contra a AIDS. A pertinência da presença rotineira de um ginecologista otimizando os objetivos do CTA através da determinaçäo da prevalência de vulnerabilidade biológica nestas mulheres foi questionada. Para isso, pesquisou-se a concordância da presença de risco comportamental com a presença da vulnerabilidade biológica em 253 mulheres sob risco da infecçäo pelo HIV consultantes no CTA de Campinas.

Contribuiçäo do exame ultra-sonográfico prognóstico das doenças inflamatórias pélvicas (DIP) / Contribution of prognostic ultrasonographic examination of pelvic imflammatory diseases (PID)

Recentes avaços tecnológicos facilitaram o desenvolvimento da imaginologia da medicina atual. Dentro deste aspecto a ultra-sonografia tem contribuído cada vez mais na propedêutica e também na orientaçäo da conduta terapêutica. Com o intuito de definir prognósticos e terapêuticas, os autores analisaram retrospectivamente todos os casos atendidos na Enfermaria de Ginecologia do Centro de Atençäo Integral à Saúde da Mulher (CAISM) da UNICAMP, com diagnóstico de doenças inflamatórias pélvicas (DIP), durante um período de três anos. A casuística subdividiu-se em dois grupos. No grupo submetido a tratamento cirúrgicos encontrou-se freqüentes imagens ecográficas de tumores anexiais complexos, de volumes maiores que no grupo de mulheres submetidas apenas a um tratamento clínico antibioterápico. A visualizaçäo do ovário homolateral à tumoraçäo pélvica foi incomum no grupo tratado cirurgicamente quando comparado ao grupo tratado clinicamente. Os autores sugerem que a ecografia pode orientar a conduta terapêutica, o prognóstico e o tempo de permanência hospitalar de mulheres acometidas pela DIP e colocam em evidência a necessidade de novas pesquisas do gênero, incluindo a avaliaçäo transvaginal e dopplerfluxométrica como variáveis a serem estudadas.

Vulvovaginitis: aspectos habitualmente näo considerados / Vulvovaginitis: unusual aspects

Os autores fizeram uma abordagem de aspectos habitualmente näo considerados sobre o corrimento vaginal. Anlizaram problemas socioconjugais e suas repercurssöes. Os aspects econômicos, inferindo o custo financeiro das vulvovaginites no Brasil, explicam como elas podem interferir com a epidemiologia da AIDS. Concluíram tecendo comentários sobre os aspectos imunológicos que levam a mulher a ter vulvovaginite de repetiçäo

Actinomyces israelii: um agente infeccioso a ser considerado pelo ginecologista / Actinomyces israelli: an infectious agent to be considered by the gynaecologists

Diante da possibilidade näo rara do achado clínico de tumoraçöes pélvicas simularem neoplasias malignas do ovário em mulheres na menacme, os autores fizeram revisäo da infecçäo causada pela Actinomyces israelii. Este agente, habitualmente confundido com fungo, é na verdade uma bactéria que poderá ser claramente diagnósticada e facilmente tratada. Esta infecçäo costuma, mais frequentemente, acompanhar mulheres portadoras de DIU, sendo a principal causa de doença inflamatória pélvica aguda nestas usuárias. O achado da pélvis congelada, com grandes massas tumorais, deverá fazer o ginecologista pensar com maior frequência na possibilidade infecciosa, principalmente se a paciente for jovem e usuária de DIU. O tratamento com antibioticoterapia em alguns casos poderá evitar cirurgias extensas e muitas vezes mutilantes, ou mesmo desnecessárias.

Avaliaçäo citológica da orofaringe de mulheres portadoras do HPV genital / Cytological evaluation of the oropharynge in carriers women of genital HPV

O Vírus do Papiloma Humano (HPV) na mucosa oral das mulheres com lesoes clínicas ou subclínicas do condiloma nos órgaos genitais foi pesquisado através de esfregaço citológico da cavidade bucal. Para a análise, empregou-se coloraçao de Papanicolaou e técnica de imunoperoxidase. A casuística constou de 51 pacientes com diagnóstico clínico e histológico de HPV genital, atendidas no período de agosto de 1994 a julho de 1995. A idade média das pacientes foi de 22,5 anos, sendo que a média das idades na primeira relaçao foi de 17,4 anos. Destas mulheres, 60 por cento tiveram mais que três parceiros sexuais na vida, e a prática do sexo oral foi relatada em 45 por cento dos casos. O sexo anal, apesar da dificuldade em sua abordagem, foi relatado em 35 por cento dos casos. As lesoes genitais com HPV apresentaram-se nas formas clínicas e subclínicas em 86 por cento e l4 por cento dos casos, respectivamente: na vulva, 53 por cento; no colo, 14 por cento; na vagina, 6 por cento e mais de um local, 27 por cento. No nível de orofaringe, sinais citológicos como discariose, binucleaçao, paraceratose foram interpretados como suspeitos da presença do HPV, ocorrendo em 65 por cento dos casos. Evidências conclusivas desta infecçao estiveram presentes em 6 por cento dos casos analisados e, em 29 por cento das vezes, nao houve qualquer suspeita ou evidência citológica do HPV na mucosa orofaríngea. A paciente com lesao clínica de HPV genital apresentou evidência ou suspeita de HPV oral mais freqüente que as pacientes com lesao subclínica. O estudo serviu para mostrar que o vírus do papiloma humano pode estar presente na orofaringe de mulheres portadoras de HPV genital, mesmo nao havendo lesoes clinicamente detectáveis na mucosa oral.

Dificuldades no diagnóstico em gravidez abdominal / Abdominal pregnancy problems in diagnosis

O relato de um caso de gravidez abdominal é motivado pela raridade desta doença na prática obstétrica. O atraso do diagnóstico correto, resultante desta questao, levou os autores a realizarem uma revisao da literatura, encontrando informaçoes como a supremacia do exame ultra-sonográfico complementar ao diagnóstico; a inquestionável necessidade do tratamento cirúrgico laparotômico na maioria dos casos e a controvérsia do uso do methotrexate como coadjuvante ao tratamento nos casos onde a placenta foi deixada in situ.

Divertículo uretral no diagnóstico diferencial da incontinência urinária / Urethral diverticula in the differential diagnosis of urinary incontinence

É apresentado um caso de incontinência urinária de esforço com sintomas atípicos evoluindo com recidiva precoce após a correçåo cirúrgica, realizada através da técnica de Marshall-Marchetti-Krnatz. A propedêutica realizada no pós-operatório revelou um divertículo uretral. A aplicaçåo adequada dos métodos propedêuticos específicos nas portadoras de incontinência urinária de esforço de caráter atípico ou associada a sintomas irritativos do trato urinário inferior faz-se necessária a fim de aumentar a especificidade diagnósticada e o sucesso terapêutico

Luteoma estromal como causa de hirsutismo pós-menopausa / Estromal luteoma due post menopausal hirsutism

O objetivo deste trabalho é apresentar um caso de hirsutismo após a menopausa, provocado por um tumor de células esteróides (luteoma estromal) do ovário, atendido no Centro de Atendimento Integral à Saúde da Mulher (CAISM) da UNICAMP. Trata-se, geralmente, de um tumor benigno, pequeno e que ocorre com maior freqüência em mulheres idosas. Os autores chamam a atençao para a suposiçao diagnóstica de tumor ovariano em uma mulher após a menopausa com níveis elevados de testosterona, na qual afastou-se a possibilidade de tumor adrenal, mesmo sem haver um diagnóstico imagenológico prévio.

Correlaçäo entre manifestaçöes clínicas e achados laparoscópicos em pacientes com endometriose pélvica / Correlation between clinic aspects and laparoscopic findings in patients with pelvic endometriosis

No período de janeiro de 1991 a dezembro de 1993 foi realizado um estudo retrospectivo de 86 casos atendidos no DTG/CAISM/UNICAMP, com o objetivo de correlacionar as queixas referidas e os achados laparoscópicos em pacientes com diagnóstico de endometriose. Foi adotada a classificaçao laparoscópica para endometriose proposta pela Americam Fertility Society (1985). Observou-se uma incidência de 54,8 por ento de estádios I e II nas pacientes com sintomatologia dolorosa severa, 676 por cento nas com sintomatologia moderada e 66,6 por cento nas pacientes nas quais a esterilidade foi a única queixa. A distribuiçao das pacientes de acordo com a queixa clínica e a classificaçao da endometriose nao apresentou diferenças significativas. Os autores concluíram que nao há correlaçao entre a intensidade da sintomatologia dolorosa e a extensao da doença, tornando a laparoscopia um tempo obrigatório para o diagnóstico e o planejamento terapêutico em pacientes com suspeita de endometriose.